Alimentos saudáveis – maioria desconhece benefício.

PACIENTES DESCONHECEM BENEFÍCIOS DOS ALIMENTOS SAUDÁVEIS AO CORAÇÃO

A falta de conhecimento por parte dos pacientes cardiopatas acerca dos alimentos que previnem e auxiliam no tratamento de doenças cardiovasculares foi detectada por um estudo realizado no Instituto Dante Pazzanese, na cidade de São Paulo.

Aproximadamente 50 pacientes em tratamento responderam a um questionário, sendo que todos afirmaram conhecer ao menos um alimento de uma lista dos 17 mais indicados para o cuidado com o coração. Entretanto, desconheciam os benefícios da grande maioria deles.

Renata Alves, nutricionista especializada em nutrição funcional e responsável pela pesquisa, conta que a análise demonstra o nível de informação que o paciente tem e/ou recebe sobre alimentação, principalmente dos alimentos cardioprotetores.

“O paciente, quando fica sabendo dos benefícios que certos alimentos trazem à saúde, adere cada vez mais à ingestão deles, principalmente dos que estão na ‘moda’, como o chá verde e a linhaça. Mesmo sabendo dos benefícios, porém, muitos ainda não têm conhecimento da quantidade certa e da importância de manter a frequência no consumo”.

Segundo o levantamento, os alimentos cardioprotetores mais  consumidos pelos pacientes dentro das quantidades recomendadas foram o azeite (87,23%), o alho (82,98%), a linhaça (76,60%), os produtos integrais (72,34%) e a aveia (70,21%). Além deles, contribuem também para uma dieta ideal, itens como peixes (salmão, sardinha e atum, por exemplo),  chá verde, chocolate   amargo, abacate, soja, cereais, óleos vegetais, oleaginosas (castanhas, amendoim, amêndoas), iogurte, tomate, vinho, suco de uva e margarina com fitosteróis (componente que diminui o colesterol ruim). 

 “Nas consultas, os pacientes são orientados a incluir esses alimentos sempre que possível. Damos também sugestões simples, como acrescentar linhaça salpicada e azeite na salada, misturar   aveia   com iogurtes, substituir o pão francês pelo integral, entre outras”, conta Renata. Conforme a nutricionista, outros estudos estão sendo realizados, desta vez para desvendar os motivos pelos quais os pacientes não consomem tais alimentos em potencial, criando meios de incentivar seu consumo sempre em quantidades adequadas.

-> Estímulo:

“Os próprios profissionais nutricionistas devem incentivar os pacientes a incluir os alimentos cardioprotetores na rotina, sugerindo novos pratos e mostrando que não é difícil agregá-los à alimentação habitual. Inclusive, muitos até gostam de determinados alimentos, mas não se lembram de consumi-los, como por exemplo, castanhas.”

-> Sobre os alimentos:

Os alimentos cardioprotetores são compostos bioativos que possuem ação sobre a diminuição da pressão arterial, do colesterol LDL (conhecido como colesterol ruim), triglicérides e controle do peso. Também contribuem na melhora do HDL( colesterol  bom) e na redução da agregação plaquetária, que é responsável por 

controlar a boa circulação sanguínea para que sejam evitados coágulos e derrames. Renata Alves diz que uma alimentação saudável, quando aliada ao tratamento clínico, melhora não só o quadro geral do cardiopata, mas possibilita qualidade de vida ao longo do tratamento, principalmente nos casos crônicos.

“Vale lembrar que este estudo foi uma pesquisa-piloto para um projeto mais detalhado, que já está em andamento, pois com os dados que obtivemos, pudemos observar que os pacientes realmente têm interesse em receber informações sobre alimentos cardioprotetores, facilitando a adesão ao tratamento alimentar”.

* Com informações SOCESP e Secretaria 

de Estado da Saúde de São Paulo.

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