Cateterismo Cardíaco – Cinecoronariografia              

É um exame invasivo porque, através de uma artéria, é introduzido um cateter que é dirigido até a aorta e aí até as coronárias, que são os primeiros ramos arteriais da mesma e saem logo acima das válvulas aórticas.

Daí é injetado uma solução contrastada para obtermos a imagem interna das coronárias.

Se o cateter ultrapassar a válvula aórtica, atingindo o ventrículo esquerdo, injeta-se um contraste para obtermos a angiografia do ventrículo esquerdo. 

A injeção do contraste radiopaco vai gerar as imagens que podem ser fotografadas ou filmadas ou gravadas em computador.

As imagens assim obtidas permitem ver as artérias coronárias e ver se estão abertas ou obstruídas, parcial ou totalmente. 

A coronariografia é o exame mais definitivo para o diagnóstico das doenças desses vasos. 

A mortalidade pelo exame é de 0,1 % e a morbidade é de 1 até 5 %, o seu preço é elevado, e por isso é pouco usada como método de diagnóstico de coronariopatias. 

A coronariografia está indicada em:  

1. Pacientes em estudo para realização de cirurgia de revascularização ou procedimentos de dilatação das coronárias, naqueles pacientes que não responderam bem à terapêutica conservadora com medicamentos.

2. Pacientes em que se considera a possibilidade de intervenções, como no item anterior, por apresentarem angina instável, angina pós-infarto ou naqueles em que os testes não invasivos mostram grande probabilidade de doença de alto risco. 

3. Também se faz esse exame em pacientes que tem estenose da válvula aórtica e que apresentam manifestações sugestivas de doença isquêmica. Nesses casos é importante poder saber se as manifestações isquêmicas são causadas pelo baixo débito decorrente da estenose ou se os sintomas são provocados pela doença das coronárias. Um outro motivo para realizar a coronariografia é naqueles pacientes que deverão ser submetidos a uma cirurgia cardíaca por outra razão. Se for detectada uma doença isquêmica, se poderá, num mesmo procedimento, corrigir as duas enfermidades. 

4. Pacientes que foram submetidos a cirurgia de revascularização nos quais os sintomas isquêmicos retornaram. Usa-se para saber se o bypass ou outros vasos estão obstruídos. 

5. Pacientes com insuficiência cardíaca nos quais se suspeita de uma doença cardíaca corrigível pela cirurgia, como aneurisma ventricular, insuficiência mitral ou disfunção isquêmica reversível. 

6. Pacientes com arritmias graves que possam ter sido provocadas por doença coronariana corrigível. 

7. Pacientes com dores no peito de causa desconhecida ou com miocardiopatias de etiologia desconhecida. 

A coronariografia mostra o local, o número e o grau de obstrução dos vasos. As obstruções maiores de 50% geralmente são consideradas de significado clínico, embora as obstruções maiores de 70% sejam as que provocam as manifestações isquêmicas. Essas informações são de valor prognóstico. 

O dado mais importante obtido com a coronariografia é definir se e quais ramos coronarianos apresentam entupimentos e se esses vasos devem ser submetidos a angioplastia coronária ou se há indicação de cirurgia de revascularização do miocárdio.

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